A exaustão invisível das mulheres: O fardo que ninguém vê

Esse não é um texto comum sobre o dia da mulher, aqui falamos sobre a realidade,

escrito de uma mulher para outra.

O Dia Internacional da Mulher passou, e com ele vieram homenagens, flores e

mensagens inspiradoras. Mas, no dia seguinte tudo volta ao normal: as mesmas

cobranças, a mesma sobrecarga, o mesmo cansaço invisível que tantas mulheres

carregam.

E você, já sentiu que precisa estar sempre disponível? Ser forte, produtiva,

acolhedora e ainda assim, perfeita? Pois bem, isso gera um esgotamento não

apenas físico, mas também emocional e mental. E isso acontece porque você

aprendeu a romantizar a resiliência feminina, mas poucas vezes se questiona:

quem cuida de quem sempre cuida?

A sobrecarga emocional das mulheres muitas vezes passa despercebida, porque

não é sempre expressa em palavras (mesmo que às vezes até seja). Ela se

manifesta no cansaço extremo, na culpa por descansar, na necessidade de atender

expectativas irreais. E silenciosamente corrói a autoestima, gerando aquela

sensação constante de “não estou fazendo o suficiente”.

O autocuidado feminino não é um luxo, nem um capricho, é uma necessidade. E

quando falo sobre autocuidado, não falo apenas de um banho relaxante ou um dia

de compras, mas sim a coragem de dizer “não”, de delegar, de pedir ajuda e de

respeitar os próprios limites.

Por isso, se você deseja uma vida onde ser mulher não significa carregar o peso de

tudo e de todos, é preciso mudar a narrativa. Cuidar de si não é egoísmo, é um

direito. Porque ninguém deveria precisar chegar à exaustão para se sentir digna de

descanso.

E você, como tem cuidado de si?

Psicóloga Nicolle Vilante

CRP 17/7313

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *